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matriz2006

matriz2006

27
Fev08

Remédio santo

 

 

Remédio santo

Já homem feito, a dor num pé
Pôs a minha avó de agulha e novelo.
Não sei porquê, talvez a fé
Ao fim de três dias, ficou bom o tornozelo.

A avó cosia no novelo e rezava entre dentes.
De vez em quando dizia: o que coso?
Sem grande fé eu respondia:
  Carne quebrada ou nervo torto!...

Nunca cheguei a perceber, se foi da benzedura,
Ou da fé da minha avó Maximina do Carmo ou Rosa,
Rosa! Dizia Ela, Carmo por engano...
Eu que não acredito nada em mezinhas
Tenho que admitir, a agulha, o novelo
E aquelas orações foram remédio santo...

Aires Plácido

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