"Se pego numa sensação minha e a desfio até poder com ela tecer-lhe a realidade interior a que eu chamo ou a A Floresta do Alheamento, ou a Viagem Nunca Feita, acreditai que o faço não para que a prosa soe lúcida e trémula, ou mesmo para que eu goze com a prosa — ainda que mais isso quero, mais esse requinte final ajunto, como um cair belo de pano sobre os meus cenários sonhados — mas para que dê completa exterioridade ao que é interior, para que assim realize o irrealizável, conjugue e contraditório e, tornando o sonho exterior, lhe dê o seu máximo poder de puro sonho, estagnador de vida que sou, burilador de inexactidões, pajem doente da minha alma Rainha, lendo-lhe ao crepúsculo não os poemas que estão no livro, aberto sobre os meus joelhos, da minha Vida, mas os poemas que vou construindo e fingindo que leio, e ele fingindo que ouve, enquanto a Tarde, lá fora não sei como ou onde, dulcifica sobre esta metáfora erguida dentro de mim em Realidade Absoluta a luz ténue e última dum misterioso dia espiritual. "
Pouso em sua mão... o meu descanso remanso ... onde preencho a minha solidão. Pouso em sua mão e beijo sinto num lampejo a sua reciprocidade solidariedade o seu amor. Pouso em sua mão... sinto a sua amizade e Vôo recebo o consolo me sinto amada consagrada... Sou vida!
Não somos apenas o que pensamos ser. Somos mais: somos também o que lembramos e aquilo de que nos esquecemos; somos as palavras que trocamos, os enganos que cometemos, os impulsos a que cedemos 'sem querer'.
Quem sabe esperar o bem que deseja não toma a decisão de se desesperar se ele não chega; aquele que, pelo contrário, deseja uma coisa com grande impaciência, põe nisso demasiado de si mesmo para que o sucesso seja recompensa suficiente. Há pessoas que querem tão ardente e determinantemente certa coisa, que por medo de perdê-la, não esquecem nada do que é preciso fazer para perdê-la. As coisas mais desejadas não acontecem; ou se acontecem, não é no tempo nem nas circunstâncias em que teriam causado extraordinário prazer.
Desejo que o tempo... seja feito de sonhos, recheados com esperanças, e delicadamente coberto com amor, como se o tempo fosse um doce, um desejo de infância, um tempo de ser feliz.
"Porque não acrediteis que eu escrevo para publicar, nem para escrever nem para fazer arte, mesmo. Escrevo, porque esse é o fim, o requinte supremo, o requinte temperamentalmente ilógico (...), da minha cultura de estados de alma. "
Diz-se que nasceu a 24 de Junho o primo que anunciou Jesus, conhecido como São João Baptista. O último profeta do Velho Testamento tinha como missão preparar Israel para a vinda do Messias, tendo, ele próprio, baptizado Jesus Cristo. Considerado Santo ainda antes de nascer, uma vez que foi anunciado ao pai, Zacarias, por um mensageiro celeste, João nasceu numa família “justa perante Deus”, como rezam as escrituras. Foi criado no Deserto, onde viveu até indicar Jesus como sendo o “cordeiro de Deus”. Começou por baptizar os crentes num rito de penitência e purificação, em tudo diferente do que até então tinha sido feito, e por isso chamam-lhe Baptista. Morreu vítima de Herodes, que o mandou degolar a pedido da sua bela enteada. São João é festejado com pratos especiais: carneiro ou cabrito do norte, caldeiradas de peixe no litoral, uns bolos chamados “capelas de São João” no Alentejo, bonecos com o formato do Santo no Algarve. As festas e os bailes duram toda a noite, com vinho a rodos e alimentos em quantidades desmedidas. “No São João, pinga a sardinha no pão”, diz o ditado. É o dia em que ninguém olha a despesas para a refeição mais lauta do ano. Protector dos casados e dos enfermos, São João também é casamenteiro e, pela sua vida retirada, é ainda patrono dos monges. A comemoração do seu nascimento é das mais ricas do calendário litúrgico, sendo o santo mais festejado no Brasil, onde se dá o nome de “festas juninas” à celebração dos três santos. A dedicação popular a São João é que nem sempre foi do agrado da Igreja, visto ser demasiado alegre para um santo que viveu tão afastado das coisas do mundo.
"Que a gente não permita que nada e ninguém, destrua o que temos de mais valioso: nossos valores. E que a nossa essência continue clara e bonita como deve ser.''
São para ti estas flores singelas brancas amarelas levam a cor do meu amor. ... São flores do campo do campo bravio do branco da paz, da cor das estrelas brancas amarelas, todas elas são para ti... São Percheiro
"Com uma tal falta de gente coexistível, como há hoje, que pode um homem de sensibilidade fazer senão inventar os seus amigos, ou quando menos, os seus companheiros de espírito?"
A Felicidade A felicidade é um estado permanente que não parece ter sido feito, aqui na terra, para o homem. Na terra, tudo vive num fluxo contínuo que não permite que coisa alguma assuma uma forma constante. Tudo muda à nossa volta. Nós próprios também mudamos e ninguém pode estar certo de amar amanhã aquilo que hoje ama. É por isso que todos os nossos projectos de felicidade nesta vida são quimeras. Aproveitemos a alegria do espírito quando a possuímos; evitemos afastá-la por nossa culpa, mas não façamos projectos para a conservar, porque esses projectos são meras loucuras. Vi poucos homens felizes, talvez nenhum; mas vi muitas vezes corações contentes e de todos os objectos que me impressionaram foi esse o que mais me satisfez. Creio que se trata de uma consequência natural do poder das sensações sobre os meus sentimentos. A felicidade não tem sinais exteriores; para a conhecer seria necessário ler no coração do homem feliz; mas a alegria lê-se nos olhos, no porte, no sotaque, no modo de andar, e parece comunicar-se a quem dela se apercebe. Existirá algum prazer mais doce do que ver um povo entregar-se à alegria num dia festivo, e todos os corações desabrocharem aos raios expansivos do prazer que passa, rápida mas intensamente, através das nuvens da vida? Jean-Jacques Rousseau, in 'Os Devaneios do Caminhante Solitário'
encostado ao rosto dos navios. Sem nenhum destino flutuam nas cidades, partem no vento, regressam nos rios.
... Na areia branca, onde o tempo começa, uma criança passa de costas para o mar. Anoitece. Não há dúvida, anoitece. É preciso partir, é preciso ficar.
Os hospitais cobrem-se de cinza. Ondas de sombra quebram nas esquinas. Amo-te... E abrem-se janelas mostrando a brancura das cortinas.
As palavras que te envio são interditas até, meu amor, pelo halo das searas; se alguma regressasse, nem já reconhecia o teu nome nas minhas curvas claras.
Dói-me esta água, este ar que se respira, dói-me esta solidão de pedra escura, e estas mãos noturnas onde aperto os meus dias quebrados na cintura.
E a noite cresce apaixonadamente. Nas suas margens vivas, desenhadas, cada homem tem apenas para dar um horizonte de cidades bombardeadas.
É este vento que me leva até ti mansa e docemente que desce e sobe ao Céu sem manto sem véu por ti... ... É este mar do Universo disperso sem rumo destino adulto menino queria estar ai... É este vento que sopra teus beijos desvarios desejos este medo de me encontrar encontrando por ai e não saber calar...
Como ter ideias sem o calor do desejo para elas? Desce sobre ti a mortalidade fria. Que significa haver novas ideias com o sangue quente que nas outras já arrefeceu. Tens quando muito a longínqua memória delas. São ideias que já não fazem mover aquele de ti que nelas tinha o seu sangue com que eras vivo. Uma ideia começa no teu sistema muscular de muitos graus centígrados e morre na pele engelhada da tua múmia. Entre os dois ela não mudou senão no que de ti arrefeceu. Tens ao menos alguma ainda viva na memória? Mete-a numa botija e vê se amornas com a sua tepidez a tua miséria tolhida.
Franciscano português. doutor da Igreja, nasceu junto á Sé de Lisboa, por cerca do ano de 1190, seu nome verdadeiro Fernão Bulhão.
Aos 20 anos, professou a vida religiosa entre os cónegos de Santo Agostinho, no Mosteiro de S. Vicente, depois no Mosteiro de Santa Cruz em Coimbra, onde foi ordenado sacerdote.
Em 1220, tornou-se frade Franciscano, e sua primeira missão apostólica foi em Marrocos onde permaneceu pouco tempo vitima de grave doença.
Esteve em Itália, França, onde ensinou teologia, pregador, professor em Pádua onde faleceu de doença súbita.
Foi canonizado em 3 de Maio de 1232, um ano após sua morte em 13 de Junho de 1231.
Português de grande projecção Universal serviu de inspiração em pinturas e esculturas. Padroeiro secundário de Portugal, e padroeiro principal da cidade de Lisboa onde é festejado a 13 de Junho!
...Já chamei pessoas próximas de 'amigo' e descobri que não eram... Algumas pessoas nunca precisei chamar de nada e sempre foram e serão especiais para mim... (Clarice Lispector)_________________________________ Inês
«Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades, Muda-se o ser, muda-se a confiança: Todo o mundo é composto de mudança, Tomando sempre novas qualidades. Continuamente vemos novidades, Diferentes em tudo da esperança: Do mal ficam as mágoas na lembrança, E do bem (se algum houve) as saudades.
O tempo cobre o chão de verde manto, Que já coberto foi de neve fria, E em mim converte em choro o doce canto.
E afora este mudar-se cada dia, Outra mudança faz de mor espanto, Que não se muda já como soía. »
"Eu tenho pensado nas pessoas que me somam. Naquelas que perdem seu tempo e energia comigo, insistindo de várias formas, para que o meu riso seja constante e as preocupações, pequenas. Naquelas pessoas que me pegam pela mão e me ajudam a atravessar abismos. Eu tenho pensado nas pessoas que fazem abrigo no coração, pra eu morar. Naquelas que tecem milhares de sorrisos no meu rosto. Naquelas que constroem inúmeras certezas em cima do meu medo. Naquelas que falam bonito, depois de uma tempestade emocional desabar sobre o meu quintal. Naquelas que plantam pés de esperança, no vaso de entrada, pra encantar meu olhar. Àquelas pessoas que não desistem da gente, eu agradeço."
“Quem nunca mudou com o tempo? Aos poucos você vai deixando de escutar certas músicas, de usar certas roupas, de falar com certas pessoas. Mudar faz parte do ciclo da vida, embora a essência seja sempre a mesma. Quando encontrar um obstáculo grande na vida, não desanime ao passar, pois com o tempo ele se tornará pequeno. Não porque diminuiu, mas porque você cresceu.”
Hoje é Dia da Criança e eu quero dar-te a Lua. Mas há meninos sem nada ... que dormem sós numa rua. Hoje é Dia da Criança, na aula lês teus direitos. Mas há meninos nas obras, a mando de alguns sujeitos. Hoje é Dia da Criança saboreias chocolate. Mas há meninos raptados que sonham com o resgate. Hoje é Dia da Criança em todo o Planeta Terra. Mas há meninos que morrem em combates, numa guerra. Hoje é Dia da Criança, tu brincas, cantas, sorris. Um dia, cada criança como tu será feliz. Luísa Ducla Soares -in O Livro das Datas