E a nossa época chegou ao fim. Tenho de agradecer todo o empenho de todos quantos fazem parte do Rancho Tricanas do Cidral. Foram excepcionias e mais uma vez, mais uma época de actuações trouxe à nossa associação, ao nosso Rancho e á nossa cidade, muitos aplausos e elogios e trouxe a todos nós o orgulho de mais uma vez termos inscrito em letras grandes o nosso nome nestas lindas páginas da vida e da história que não é só de cada um de nós, não é individual, mas sim de uma Associação, de um rancho e de uma cidade. É muito boa a sensação do "dever" cumprido. E é assim que todos nos devemos sentir. Felizes com tudo o que fizemos e prontos a fazer novamente. Claro, é que as férias duram pouco e já, já, estamos a começar novamente. Bem Hajam e Muito Obrigado.
E aqui ficam algumas fotos do nosso convívio de Fim de Época, onde além de dizermos ATÉ JÁ, aproveitamos para comemorar os aniversários da Cláudia Raquel, da Raquel Margarida e do nosso tropa David, que embora em Tavira, fez questão que o bolo do seu aniversário estivesse presente. E assim cantamos parabéns 3 vezes, para que todos eles vivam muitos anos, felizes e saudáveis e de preferência, no nosso convívio.
"...Quero um pedacinho de tempo para poder descansar esse peso do mundo que estou sentindo em meus ombros ... Um tempo onde não me perguntem nada, nem me peçam nada, apenas me permitam o direito, de dar vazão ao pranto que venho engolindo com o café-da-manhã de todos os dias , enquanto visto a máscara de "olhem como sou valente e forte" ...
Quero ser a criança que pode chorar livremente sob o beneplácito da manhã até que me ponham no colo, restabelecendo assim, o equilíbrio que necessito para dormir em paz.
Quero ser criança novamente e me esconder no vão da escada para que todos me procurem e se preocupem comigo, (ainda que ao me encontrarem, me ponham de castigo pela traquinagem) .
Quero ser adolescente despertando para o primeiro amor ... Quero ser a pessoa que teme o amanhã, que se angústia com aquilo que não ousou... e se amedronta com o que há ainda por realizar ...
Quero me aventurar na busca dos sonhos, sem ter que vê-los pintados com as cores do desânimo, ou coloridos com as cores do impossível... e quero poder brincar com meus sonhos como se fossem massinha de modelar ilusões ... lambuzar neles meus dedos, até decidir quando precisam se desfazer ..
Quero ter companheirismo também nas horas em que tudo parece ter se perdido, e encontrar apenas um ombro onde possa repousar meu cansaço, um ombro que seja tão somente silencioso e impregnado de compreensão...
Quero deixar que me invada toda a dor do mundo neste instante, porque ela é minha, é real e é unica, e que como tal seja aceita e compreendida ... mesmo que eu não a aceite e não saiba lidar com ela ...
E quero poder dizer isso desse jeito: - ESTÁ DOENDO, SIM !... sem assustar ninguém, causando uma revolução tão grande que meu mundo pareça ainda mais desabitado .
Daqui a pouco tudo vai parecer diferente e novo, eu sei. Vou secar os olhos e vou à luta outra vez e da dor hei-de ressurgir mais forte ... Porque sou noventa e nove por cento formação de matéria que difícilmente se desintegra .
Então, por favor ... por um momento apenas ... neste meu pequeno momento mais que humano, neste meu miserável um por cento de fragilidade, me deixem ser igual a todo mundo . e simplesmente chorar .. "