Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

matriz2006

matriz2006

05
Abr07

Páscoa

 

«Páscoa é sermos capazes de mudar, 
de partilhar a vida na esperança, 
de lutar para vencer toda sorte de sofrimento.

Páscoa é dizer sim ao amor e à vida,
é investir na fraternidade,
é lutar por um mundo melhor,
é vivenciar a solidariedade.

Páscoa é ajudar mais gente a ser gente,
é viver em constante libertação,
é crer na vida que vence à morte.

Páscoa é renascimento, é recomeço,
é uma nova chance para melhorarmos
as coisas que não gostamos em nós.

Para sermos mais felizes por conhecermos
a nós mesmos mais um pouquinho e vermos
que hoje somos melhores do que fomos ontem.»

 

 

05
Abr07

Quinta Feira Santa

 

Na Póvoa de Varzim é tradição visitar as igrejas na noite de Quinta-feira Santa, 5 de Abril, para apreciar as decorações alusivas à Páscoa. Esta é uma festa religiosa da família, por isso, várias gerações passeiam pelas ruas indo de edifício em edifício.

 Deolinda Carneiro, directora do Museu Municipal explica que "hoje em dia, na Póvoa de Varzim, já não se realiza a antiga procissão das Endoenças, mas, em sua substituição, visitam-se sete, ou mais igrejas, na noite de Quinta-feira Santa. Nessa noite tem lugar, também, a cerimónia do “Lava-pés”: em cada uma das três igrejas paroquiais – Matriz, São José e Lapa - o Pároco “lava os pés” de outros clérigos, a exemplo de idêntico acto em que Jesus, antes da Última Ceia fez o mesmo aos seus discípulos.
Depois da Celebração da ceia do Senhor e procissão Eucarística no interior da igreja, decoram-se igrejas e capelas, para que as pessoas vão em ‘romagem’ apreciar as decorações e rezar em cada uma".

Nessa noite pode visitar a Igreja Matriz de N.ª S.ª da Conceição, a Igreja da Misericórdia, a Capela de S. Roque, a Capela de N.ª S.ª das Dores, a Igreja paroquial de N.ª S.ª da Lapa, a Capela de N.ª S.ª do Desterro, a Capela do Senhor do Bonfim e a Igreja paroquial de S. José de Ribamar.

 

 

Nesta quadra de rigoroso luto religioso os templos da Póvoa encontram-se decorados com solene e austero requinte, de acordo com as características e possibilidades do bairro a que cada um pertence. Arranjos de flores e motivos alusivos à Paixão de Cristo, sendo de relevar a Capela do Bonfim, com as suas encenações ao vivo representando quadros bíblicos levados a efeito por um grupo de moradores da zona, tudo é motivo de muito interesse para os inúmeros visitantes que peregrinam devotadamente pelas nove igrejas da cidade, no que vulgarmente se designa por “correr as igrejas”,
Há quem use fazer na noite dessa Quinta-Feira, uma ceia semelhante à do Natal numa evocação da Última Ceia do Senhor.

O Museu Municipal de Etnografia e História, pelo segundo ano consecutivo, abre as suas portas para assinalar esta tradição com os poveiros. Durante a noite, além de visitar as igrejas do concelho, passe também pelo Museu e reveja as imagens da procissão comemorativa dos 250 anos da construção da Igreja Matriz. A exposição fotográfica pretende mostrar pormenorizadamente a riqueza do evento.

Deolinda Carneiro e José Flores, arqueólogo municipal, são os fotógrafos responsáveis pela mostra. Ambos afirmam que "é necessário documentar, através da imagem, todas as tradições poveiras".

05
Abr07

Tradições hoje impossíveis - Ofícios das Trevas

 

 

Os Ofícios das Trevas têm lugar na Igreja Matriz, na Quinta-Feira Santa,e destinam-se a relevar o drama da morte de Jesus.
No decorrer das cerimónias assistia-se antigamente a um acontecimento marginal que, com o tempo, acabou por ser evitado. Naquela época a Igreja apinhava-se de gente da classe piscatória, principalmente mulheres de todas as idades.
No átrio e na porta principal, o Tio Celestino, com uma pequena vergasta, regulava a entrada dos rapazes, munidos de maços, martelos e martelões, para na altura própria, batendo no soalho da Igreja, anunciarem as Trevas do Senhor. Eram dispostos numa longa fila, virados uns para os outros.
Com a cerimónia prestes do fim, apagada a última vela duma longa fiada do grande tocheiro, o padre, no ambão, batendo com o livro, dava o sinal convencional para o início das Trevas. Ao mesmo tempo todas as luzes se apagavam.
Nessa altura, aproveitando a ocasião, a garotada irreverente, virava-se para o lado dos altares e, tirando pregos dos bolsos, pregava às tábuas do chão as saias das crentes pescadeiras, que então as usavam rodadas e compridas até aos pés.
No recolhimento da oração e no meio daquela ensurdecedora barulheira dos martelos a baterem no soalho, as mulheres não se apercebiam da maldade dos rapazes.
Luzes acesas, rapaziada na rua. O pior vinha depois. Terminado o piedoso acto, quando as mulheres se levantavam enroladas nas suas saias pretas, podia ver-se nas devotas mais impetuosas alguns saiotes de flanela de cor berrante na primeira linha, já que de saias não se via mais que grandes rasgões. Esta brincadeira, em parte inofensiva, que a solenidade perdoava, provocava naturalmente a ira feminina contra o ‘ inocente ’ rapazio da sua classe.”

(este texto foi, na sua maior parte, transcrito de
“PÓVOA DE VARZIM - A Terra e o Mar” Ed.1976
de José Azevedo)

04
Abr07

Poema a uma manhã de Abril

 

 

Poema a uma manhã de Abril
 
O roxo quente do chupa-mel
O amarelo das azedas em volta,
Abelhas zumbindo em carrossel
O meu pensamento voa à solta.
 
As nuvens passam por mim
A pairar, mas que ternura,
Que me parecem um jardim
De pureza e de brancura.
 
A felosa intrigada dá sinal
Que há um inimigo por aqui,
O melro como ela, tal e qual
Eu, para lhes agradar resolvi.
 
Procurar outro afável recanto
Para nele sossegado dormitar,
A mente dizer: que espanto
E meu espírito poder sonhar.
 
Com um mundo melhor, assim
Como uma bela manhã de Abril,
Como um maravilhoso jardim!
E este magnífico sol Primaveril.
04.04.2007 Aires Plácido
 
 
 
Desejo-vos
 
Uma Páscoa muito feliz!
Com muita Saúde, muita Paz, muita Amizade
Um abraço,
Aires Plácido
 
04
Abr07

Hoje é a nossa Páscoa

 

Pois é , hoje é ensaio, o último antes da Páscoa, o que quer dizer que vai haver pão de ló, amendoas, champanhe e vinho do Porto. Mais uma vez o Rancho Tricanas do Cidral, vai celebrar a Páscoa em convívio no final do ensaio.