Para o Bruno Manuel dos Santos eu vou deixar aqui os parabéns e desejos de muitas felicidades e dizer-lhe que acredito que um dia fará parte do Rancho Tricanas do Cidral. Bom, fazer parte do Rancho ele já faz, pois´está sempre presente e até já tem participado de diversas iniciativas, mas quando crescer um pouquinho mais, julgo que será um componente.
Mostra-te, mas não te reveles, dá-te, mas não te entregues, ama, mas não te escravizes, vive intensamente cada momento, mas não fiques preso ao que já passou.
Deixa um pouco de mistério no ar, mesmo depois de 40 anos de casados, de 5 anos de romance, ou da eterna amizade de infância, não importa, guarda um pouco de ti mesmo, para entregar na hora certa, para surpreender...
O amor pede renúncia, mas exige mistério, o amor pede entrega, mas exige novidade, o amor quer o tudo, mas existem horas que queremos o nada, o amor exige respeito, individualidade e interesses comuns.
Para viver esse grande amor, mesmo que seja com a mesma pessoa de sempre, cria fantasias que possam ser vividas a dois, não te escondas atrás de reclamações, nem fiques cobrando o que não te podem oferecer, arranca na força de um beijo, no abraço inesperado, na força da união dos corpos que pedem amor, ou na exaustão de um braço largado, o melhor do amor é a dedicação que podemos oferecer, sem cobranças, sem exigências, faz por que amas, ama pelo que te faz amar, assim, o amor tem sabor de paixão, e paixão tem gosto de vida...
Certa vez, o tempo e o relógio se encontraram (embora estejam todo tempo juntos). O tempo, revoltado há muito tempo, disse ao relógio tudo aquilo que, há tempos, vinha guardando.
Que ele, tempo, tinha saudades daqueles tempos em que não existiam relógios e todo mundo tinha tempo, mas, quando o homem, ingrato, fabricou o relógio que começou a marcar tempo, ninguém mais conseguiu ter tempo. O homem ficou reduzido a horas, minutos e segundos.
- Antes, naqueles bons tempos - disse o tempo - todo homem tinha tempo de curtir a natureza, viviam com o sol de dia, dormiam com a lua à noite.
Quando a lua caprichosa não queria aparecer, era um bando de estrelas que piscavam brincalhonas, dando tempo para o sol nascer.
- Mas agora, nestes tempos, ninguém mais tem tempo de ver se a lua vem sorrindo para a direita ou para a esquerda, se está de cara cheia ou de mau humor, sem querer aparecer.
O tempo prosseguiu com um sorriso de tristeza.
- Antigamente - que tempos! os homens nasciam no tempo certo em que tinham de nascer. Não havia incubadeira para os fora de tempo nem cesariana para os que passam do tempo, a natureza sabia, em tempo, quando era tempo. Hoje, o homem já obedece a você, mesmo antes de nascer. Os médicos estão apressados e sem tempo para perder.
O relógio só ouvia e, apressado, prosseguia no seu tic-tac sem tempo de retrucar, com medo de se atrasar.
- Noutros tempos" - disse o tempo - o homem crescia sem pressa, com tempo de amadurar.
Comia sem ter horário, dormia quando tinha sono. Fazia amor ao relento, como flores que se beijam, como aves que se aninham, envelhecia aos pouquinhos, como um calmo entardecer. Depois, dormia o sono profundo e, no outro despertar, abraçava-me com carinho, no infinito...no infinito.
O tempo enxugou uma lágrima, talvez de orvalho. A voz que estava embargada, tomou uma conotação de revolta: - Hoje, vai logo para a escola e traz para casa um horário. Quando aprende a ler as horas ganha do pai um relógio e, assim, ensinam-lhe bem cedo a maneira mais correta de nunca ter tempo na vida.
O tempo não se preocupava mais com o tic-tac do relógio que nada retrucava para não se atrasar, continuou a sofismar com voz mais branda. - Come apressado, sem tempo. Dorme ainda sem sono, pois, de manhã bem cedinho, você começa a gritar arrancando-o da cama, quando ainda queria dormir.
Amor? Nem sei se ainda faz... há gente que nem tem tempo. Quando faz é no zás-trás. Quando vê, já envelheceu, sem ver o tempo passar. Na hora do sono profundo, enterram-no apressados, para a vida continuar. E no outro despertar, chega tão abobalhado que não consegue me achar.
Ao relógio, sem poder nunca parar, só restava se calar, além do sentimento de culpa que passou a carregar e a partir desse tempo, quando bate as doze badaladas no silêncio da meia-noite, o canto é tão melancólico que até parece chorar.
Para quem quiser visitar http://ventosquepassam.com.br/, o site está bonito e com músicas boas de ouvir. Pertence a mais um amigo, Fernando Reis Costa, "Nandus", que acredito que brevemente irá colaborar, enviando poemas para o nosso blog.
É mais uma que devemos ao Sr. Izalindo, pelos vistos falou de nós, despertando a curiosidade, pelo que mais uma vez, temos que agradecer. Eu sei que depois de ver o Rancho Tricanas do Cidral dançar , é mais fácil arranjar fãs, mas acredito que pelo blog, também vamos angariando novas pessoas a quererem conhecer o Rancho e um pouco das nossas tradições .
Agora, ao Sr. Fernando vamos dizer
e deixar as assinaturas que agradecem o primeiro comentário no blog da Matriz.
Senhor, ajude-me a nunca desistir de ser mulher. Coloque um espelho no meio do meu caminho entre a lavandaria, o supermercado, o sapateiro, o colégio e a locadora. E que, ao olhar-me, eu goste do que veja. Não deixe que eu passe uma semana sem usar um batom bem vermelho, umas botas bem altas ou um jeans bem justo. Proteja os meus cachos do vento e os brincos e anéis dos olhares invejosos. Nunca deixe faltar na minha vida comédias românticas e boas depiladoras. Se eu estiver com vontade de chorar, faça com que eu chore um dilúvio. E que tenha saído de casa sem pintar os olhos. Para cada dia mais triste, me dê uma montra com sapatos lindos. Já que eu nunca pedi milagres, faça que minhas celulites sejam ao menos discretinhas. Dê-me saúde, tempo livre, silêncio. E que nunca falte dinheiro na minha bolsa. Nos engarrafamentos, faça com que eu ligue o rádio e esteja tocando minha música preferida. Dê-me forças para insistir que meu filho coma salada, diga "por favor" e "obrigado".
Cegue meus olhos para as sujeiras nos cantos e os brinquedos no meio da sala (eles vão estar sempre lá, isso eu já vi). Ajude para que eu chegue do trabalho e ainda consiga brincar, ver desenhos animados, contar história ou fazer cócegas! E se eu não tiver a menor condição de me manter em pé, faça com que meu filho chegue a dormir da escola. Em dias difíceis, dê-me persistência para seguir na dieta. Dê-me também, firmeza para os seios... Proteja minhas poucas horas de sono e não me julgue mal caso eu não acorde no meio da noite para cobrir os meus filhos. Não deixe que a minha testa fique tão franzida a ponto de parecer uma saia plissada, e eu, uma louca stressada. Faça com que o sol seja meu personal trainer, meu complexo de vitaminas, meu carregador de baterias, mas quando eu pedir um diazinha de chuva, não pergunte por quê. Para cada batata quente no trabalho, me dê um café como prémio. Entenda que, quando eu rezo para cancelarem uma reunião (não é gastar reza à toa, pode ter certeza). No meio de tudo isso, faça com que eu ache tempo para virar namorada de novo, ir ao cinema, jantar fora, beijar na boca, dormir abraçadinha. Ilumine o espelho do banheiro e proteja minhas pinças, meus cremes e segredos. Ajude a não faltar gasolina e a não furar o pneu e, por favor, afaste os motoqueiros do meu retrovisor. Senhor, por pior que seja o meu dia, faça com que ele termine, e não eu. Amém."
Abra a porta que a alegria quer entrar. Empurre os móveis dando lugar à esperança que quer brilhar nas mais diversas cores, acomodando-se nos espaços que você ocupa.
Abra as janelas, permita que o novo conhecimento chegue iluminando seu ser.
Deixe as torneiras abertas para que, ao passar pelos canos, as belezas da natureza possam saciar essa imensa sede de união com o Criador.
Mude seus hábitos, mude seus pensamentos, ganhe coragem para se renovar, mas não se esqueça nunca de convidar para a sua casa aqueles que você precisa amar.