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matriz2006

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28
Fev10

Engenho

Engenho

Sem saber o que escrever
Sem papel e sem caneta,
Sem ovos quero fazer
Uma gostosa omeleta...

Do nada também se faz
E quem começa do nada,
A dificuldade é capaz
De se erguer empertigada.

O engenho e a arte
Do nada tiram proveito,
Hoje quero tirar parte
Da minha vontade e jeito.

Sem papel tenho o chão
Com uma pedra vou fazer,
Um enorme coração
Pela vida, por amor, a bater.

Pela vida, gosto dela
Com todas as contrariedades,
Tem momentos que é tão bela
Que me deixa com saudades.

Por amor, é que vale a pena
Por amor fé e esperança,
Nesta passagem pequena
Me sinto às vezes criança.

O que vejo à minha volta
- Como és bela natureza!
Tanta beleza à solta
És criança com certeza.

Mas há dias o vendaval
-Ó meu Deus que tristeza!
Lá pròs lados do Funchal
Perdeste a tua beleza.

Vai para lá o meu abraço
Oxalá! O meu empenho,
Este coração que faço
Tenha arte e engenho.

De enlaçar a Madeira
De Esperança verdadeira!

Aires Plácido


 

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