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matriz2006

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20
Dez06

Natal - O Verso & o Reverso

 

 

  
      NATAL – O Verso & O Reverso
 


...Causa-me certa impressão
Falar-se tanto em Natal,
Como um dia especial,
Em que se trocam lembranças,
Se fazem grandes festanças,
Nas famílias abastadas,
Quando há tantas crianças
E famílias desgraçadas!
 
Porquê só uma vez no ano
Se celebra essa dia?
 
...Tanto se esbanja e consome!
Quando se esquece, afinal,
As criancinhas com fome
(e tantas há neste mundo!)
Tantos velhos e doentes
Que não podem ter Natal!
Os sem-abrigo nas ruas
Num sofrimento profundo
Passando a noite ao relento
Tantos que não têm nada
Só o frio, a chuva, o vento
E a cama numa calçada!
 
...E tanto pão que se estraga!
Basta ver os contentores
Do lixo, no outro dia,
Bolos e pão com bolores
Brinquedos caros, flores...
Quanta fome saciava!
Papel de enfeitar, às cores,
Que só dá p’ra agasalhar
Esses pobres, sem amor,
Sem família, sem NATAL!
Numa vida marginal!...
 
...E tantos com mesa farta!
Na rua da hipocrisia
No chalé da falsidade
Nos palácios, na cidade!...
Mas outros, sem alegria,
Sem família, sem ter nada...
Nada têm nesse dia:
Só as pedras da calçada!
 


...Mas o homem não percebe!
Que o outro homem merecia
Ser como Deus o concebe
Tratando igual por igual!
 
...E o homem da hipocrisia,
Apenas vê um Natal
Quando o Natal bem devia
Ser Natal em qualquer dia!
Qualquer dia ser Natal!... 

                                                
Fernando Reis Costa   

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